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Controle da milícia não reduz taxa de homicídio em bairros, diz Fogo Cruzado

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quinta-feira, setembro 29, 2022


Os bairros da Região Metropolitana do Rio com alta presença da milícia apresentam uma taxa de homicídios dolosos muitas vezes maior do que as áreas onde a milícia não é o grupo armado dominante. Na média, a taxa de homicídios em bairros com predominância das milícias, entre 2006 e 2021, foi de 218,3 mortos a cada 100 mil habitantes. Em bairros com predominância do tráfico, a taxa ficou em 210,5. 

O levantamento inédito feito a partir do cruzamento de dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) com o Mapa Histórico dos Grupos Armados do Rio de Janeiro, produzido pelo Instituto Fogo Cruzado em parceria com o GENI/UFF (Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense) mostra que, entre 2006 e 2021, os bairros onde o Comando Vermelho apresentou hegemonia - presença alta - registraram taxas de homicídios dolosos menores que os bairros onde as milícias registraram presença alta, média e baixa. Isso pode significar que, na prática, o método de atuação dos milicianos não deixa as regiões mais seguras.



A análise comparativa entre as taxas de homicídios em áreas dos dois maiores grupos armados do Rio de Janeiro – Comando Vermelho e milícias – surpreende. Ao longo de toda a série histórica, as áreas do CV apresentam um padrão claro. Nos bairros onde há presença da facção, quanto maior a sua hegemonia, menor a taxa de homicídios dolosos. Com a exceção do triênio de 2012/2014, as áreas de alta presença do CV apresentam as menores taxas de homicídio, inclusive em comparação com as áreas de milícias. Da mesma forma, exceto pelo primeiro triênio 2006/2008, as áreas com domínio baixo do CV, e provavelmente mais suscetíveis a disputas com outros grupos, apresentam as maiores taxas de homicídios dolosos.

O mesmo padrão não se repete nos bairros marcados pela presença predominante de milícias. Na média, a taxa de homicídios em bairros com domínio baixo de milícias é mais alta do que a das áreas com domínio médio e alto – e também a segunda mais alta comparando também com as áreas do CV – mas, em três momentos, as taxas de homicídios em áreas de domínio alto ou médio de milícias a ultrapassam. Em 2013/2015 e 2016/2018, a taxa de homicídios em áreas de alto domínio das milícias superou as áreas de baixa dominação desse grupo. Em 2015/2017 o mesmo aconteceu com a taxa de homicídios nos bairros de domínio médio.

O gráfico acima pode parecer complexo ao apresentar várias linhas, mas na verdade ele leva a uma conclusão bastante clara. Ao comparar milícias e facções do tráfico, não existe um mal menor. Ambos os grupos impõem uma rotina de violência para os moradores e frequentadores das áreas que eles controlam. “Essa evidência é muito importante levando em consideração que, muitas autoridades já defenderam as milícias como uma solução de enfrentamento ao tráfico que supostamente reduziria os níveis de violência nos seus locais de atuação. Os dados além de comprovarem que isso não é verdade, demonstram também que a violência letal nas áreas de milícia não advém apenas das disputas com o tráfico. Ao contrário do que ocorre com o Comando Vermelho, mesmo em áreas onde as milícias são altamente hegemônicas, muitas vezes as taxas de homicídio são significativamente mais altas do que em áreas controladas pelo CV”, afirma Maria Isabel Couto, diretora do Instituto Fogo Cruzado.

Operações policiais e mortes por intervenção de agentes

As tendências apontadas nas taxas de homicídio apresentadas acima não parecem orientar a distribuição de operações policiais, identificadas pelo GENI/UFF, e nem refletem a letalidade causada pelas ações de agentes de segurança do estado, registradas pelo Instituto de Segurança Pública. Observada a proporção de operações policiais em bairros com predominância de cada grupo armado entre 2006 e 2021, fica clara a alta concentração em áreas do Comando Vermelho (65%), seguido por milícias (13%), TCP (11%) e ADA (11%).



Ao longo de toda a série histórica, a proporção de operações em áreas do Comando Vermelho nunca foi inferior a 59%. Nos anos mais recentes, cabe destacar o crescimento relativo de operações em áreas de milícia, saindo de 9% em 2015/2017 para 22% em 2019/2021. Esse período coincide com o de crescimento vertiginoso das milícias.

A proporção de mortes por intervenções de agentes do Estado (MIAE) segue tendência quase idêntica a das operações. Entre 2006 e 2021, 65% das mortes causadas em confrontos com agentes do estado ocorreram em bairros de predominância do Comando Vermelho, seguido por bairros com preponderância de domínio das milícias (17%), do TCP (11%) e da ADA (7%).


Chacinas

A tendência de distribuição de chacinas em operações policiais, identificada pelo GENI, reflete de forma quase idêntica àquela das operações e das mortes por intervenção de agentes do estado em geral, com uma pequena diferença. Os bairros onde há predominância do Comando Vermelho têm maior concentração de chacinas (61%) e as áreas da ADA (9%), a menor concentração. Mas milícias e TCP empatam na segunda colocação (15%).




“Não me parece coincidência que o padrão de distribuição das operações policiais, das mortes por intervenção de agentes de estado e das chacinas policiais seja muito próximo. As operações policiais são as situações em que a letalidade policial acontece e, quando essa dinâmica é ainda mais brutal, testemunhamos mais uma chacina. Por outro lado, o fato deste padrão se direcionar preferencialmente para o tráfico é preocupante porque o efeito é que as milícias se beneficiam”, diz Daniel Hirata, coordenador do GENI/UFF.



Por fim, é interessante destacar a distribuição de chacinas fora de ações ou operações policiais. Desde que o Instituto Fogo Cruzado passou a operar na Região Metropolitana do Rio, em 5 de julho de 2016, apenas 25% das chacinas registradas – uma em cada quatro – não aconteceram em ações e operações policiais, sendo provavelmente resultantes de conflitos e disputas entre grupos criminosos. As chacinas fora de ações e operações policiais não apresentam apenas um número reduzido, mas também padrões de distribuição diferentes.

Independente do grupo armado observado, a proporção de chacinas policiais é maior do que a de chacinas fora de operações. No entanto, há grandes diferenças. Comando Vermelho e Terceiro Comando Puro registraram, respectivamente, apenas 14,4% e 16,6% das chacinas em suas áreas fora de operações policiais. Em seguida, aparece a ADA com 40% e as milícias com 47,9%. Ou seja, enquanto nas áreas do CV e do TCP a esmagadora maioria das chacinas ocorrem em operações, nas áreas de milícias há quase um equilíbrio.

O Mapa

Há mais de quatro décadas, amplos espaços da Região Metropolitana do Rio de Janeiro estão sob o domínio de grupos armados. Seria esperado que as autoridades elaborassem um mapa mostrando quais são os grupos armados que dominam enormes espaços do estado e onde eles atuam. Essa informação é fundamental para o planejamento de ações de combate à expansão da violência urbana e para o desenvolvimento de uma política de segurança pública eficiente. Mas esse mapa nunca foi produzido pelas autoridades e este é mais um sinal do vazio de informações qualificadas que caracterizam a longa tradição da gestão pública no estado. Ou seja, explicam o porquê e como chegamos a esta situação.

É nesse contexto em que se insere a parceria entre o GENI e o Fogo Cruzado para a produção do Mapa Histórico dos Grupos Armados do Rio de Janeiro.

Para a construção do Mapa foram analisadas mais de 689.933 mil denúncias coletadas através do portal do Disque Denúncia que mencionavam milícias ou tráfico de drogas entre 2006 e 2021, que permitiram traçar o movimento histórico de domínio de facções e milícias, sobre mais de 13.308 sub-bairros, favelas e conjuntos habitacionais da região metropolitana do Rio de Janeiro.

Metodologia deste Levantamento

Este levantamento foi realizado através do cruzamento de informações do Mapa Histórico dos Grupos Armados do Rio de Janeiro com dados do Instituto De Segurança Pública – homicídios dolosos e mortes por intervenção de agentes do estado –, do Grupo de Estudos de Novos Ilegalismos da UFF – operações policiais e chacinas policiais – e do Instituto Fogo Cruzado – chacinas dentro e fora de operações policiais.

A análise dos dados do Instituto Fogo Cruzado foi feita diretamente a partir do georreferenciamento dos casos e do seu cruzamento com sub-bairros, favelas e conjuntos habitacionais. Já os dados do ISP e do GENI estão organizados na escala de bairros e por isso, foi necessário proceder com uma análise de graus de presença de grupos armados nesta escala.

Para determinar o grau de presença em um bairro, o levantamento leva em consideração dois fatores. Primeiro, se no bairro há apenas áreas dominadas por um grupo, ou se há também outros grupos. E, segundo, a porcentagem do bairro sob domínio dos grupos armados. Nesse sentido, bairros com alta presença de algum grupo são aqueles que em geral apresentam parcela significativa do seu território dominado por apenas um grupo. Enquanto bairros com baixa presença tendem a ser aqueles onde há presença de dois ou mais grupos e/ou onde uma pequena parcela do território encontra-se dominada. A partir desses dois elementos, os bairros que possuem áreas dominadas por grupos armados foram classificados de acordo com a presença alta, média ou baixa do grupo dominante nele.

Sobre o fogo Cruzado 

O Fogo Cruzado é um Instituto que usa tecnologia para produzir e divulgar dados abertos e colaborativos sobre violência armada, fortalecendo a democracia através da transformação social e da preservação da vida.

Com uma metodologia própria e inovadora, o laboratório de dados da instituição produz mais de 20 indicadores inéditos sobre violência nas regiões metropolitanas do Rio, do Recife e de Salvador.

Através de um aplicativo de celular, o Fogo Cruzado recebe e disponibiliza informações sobre tiroteios, checadas em tempo real, que estão no único banco de dados aberto sobre violência armada da América Latina, que pode ser acessado gratuitamente pela API do Instituto.

Sobre o grupo de estudos dos Novos Iegalismos

O Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (GENI-UFF) é um grupo de pesquisa registrado no diretório de grupos de pesquisa do CNPq e especializado em temas associados às diferentes formas de violências e os conflitos sociais. O GENI-UFF se beneficia de estar sediado na Universidade Federal Fluminense, cuja centralidade na formação de recursos humanos é reconhecida em nível nacional e internacional. Neste espaço tão rico de formação e pesquisa na área, o GENI-UFF vem desenvolvendo projetos de pesquisa que envolvem discentes e docentes provenientes dessa rede institucional da UFF. Também é fundamental para o GENI-UFF a participação em redes interinstitucionais com outros grupos de pesquisa sediados em diferentes universidades brasileiras.

Definida a ordem dos desfiles do Grupo de Avaliação da Superliga

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Foto: Marcelo Piu
Em plenária realizada na noite desta quarta-feira, 28, a Superliga Carnavalesca do Brasil definiu a ordem dos desfiles das escolas de samba do Grupo de Avaliação. O sorteio aconteceu na sede da entidade e contou com os dirigentes e representantes das agremiações.

Dezenove agremiações irão em busca de cinco vagas no Grupo Bronze em 2024. O desfile acontecerá no dia 19 de fevereiro, domingo de carnaval. 

Confira abaixo como ficou a ordem das agremiações.

1ª Coroa Imperial
2ª Império de Brás de Pina
3ª Renascer de Nova Iguaçu
4ª Império de Nova Iguaçu
5ª Majestade do Samba
6ª Guardiões da Capadócia
7ª Flor do Jardim Primavera
8ª União do Vilar Carioca
9ª Mocidade do Porto
10ª Acadêmicos do Anil
11ª Coroado de Jacarepaguá
12ª Camisa 10
13ª Alegria do Vilar
14ª Balanço do Irajá
15ª Unidos de Cosmos
16ª União de Campo Grande
17ª TPM
18ª Acadêmicos do Recreio
19ª Colibri

Passageiros interditam parte de vagão de trem da Supervia para fazer festa de aniversário e viralizam

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quarta-feira, setembro 28, 2022


Quando se falam por aí que tem coisas que só acontecem no Rio de Janeiro, esta fala e frase muito dita, se encaixa bem nesta reportagem. Em o clima de comemoração dentro do vagão da Supervia, passageiros do ramal Japeri, interditaram uma parte para a realização de uma festa no local, às 5h da manhã. 

Era permitido no espaço somente convidados. 

O caso aconteceu no último sábado (24) e vem vizalizando nas redes sociais desde então. O trem seguia em direção à Central do Brasil e nas imagens, aparece um passageiro enchendo as bolas, em uma área separada com fita, que seria somente para para convidados da confraternização.

Queimados lança programa "Leite Solidário"

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A manhã desta quarta-feira (28) foi de mais dignidade para a população de baixa renda de Queimados. A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, realizou o lançamento do projeto “Leite Solidário”, que tem o objetivo de ofertar dois litros do alimento às famílias atendidas pela Assistência Social.

Terão acesso ao programa as famílias já inscritas e acompanhadas pelos equipamentos da Secretaria de Assistência Social e da Secretaria da Terceira Idade, como os Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e o Celti. O público-alvo são crianças com idade entre 2 a 4 anos e idosos acima de 60 anos.

Foto: Marina Castelo

Para o prefeito Glauco Kaizer, combater a fome é um dos principais desafios do governo: “Desde o primeiro dia da nossa gestão a gente tem trabalhado duro para combater a fome e garantir a dignidade para as pessoas, afinal, é um direito delas. Este é mais um programa que vai de encontro às necessidades da população que mais precisa”, disse o prefeito.

As famílias receberão mensalmente dois pacotes de leite por cada morador que se encontre no perfil do programa, retirando o alimento nas unidades dos CRAS e do Celti. Um projeto que complementará e amenizará para a população vulnerável, os impactos da insegurança alimentar, que a cada dia atinge e prejudica uma quantidade maior de pessoas afetadas pelo atual modelo econômico.

“É importante destacar que as famílias beneficiadas com o “Leite Solidário” são aquelas que já estão inscritas no CadÚnico, mostrando a importância da família de baixa renda estar inscrita e monitorada pela nossa equipe da Assistência. O Leite Solidário é um primeiro passo para o trabalho que estamos implementando no município. Em breve esperamos dar o próximo passo, que é a entrega do Cartão Queimadense, um benefício que vai fazer com que a própria pessoa defina o alimento que ela mais necessita”, destacou a secretária Cristiane Lamarão.

Combate à fome e à insegurança alimentar

Nos últimos dias a Prefeitura de Queimados, em parceria com o Governo do Estado, inaugurou o Café do Trabalhador, que oferece 250 cafés da manhã a partir das 4h. O objetivo agora é passar de 250 para 500 cafés diários.

O gestor finalizou ainda falando sobre a implementação do Restaurante Popular em Queimados: “Estamos na fase de terminar a reforma do Queimadão onde vai ser o Restaurante Popular, local em que vamos ter mil refeições por dias à R$ 1,00 e 500 cafés a 50 centavos”, finalizou.

Nilópolis inaugura painel de grafite com 180 metros

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O prefeito de Nilópolis, Abraãozinho David, se uniu a crianças e adultos que pintaram uma parte do painel de grafit

e criado em 180 metros quadrados do muro na entrada do Parque Natural Municipal do Gericinó Prefeito Farid Abrão. Eles se reuniram no domingo, 25 de setembro, pela manhã. Além da oficina de grafite, pessoas de todas as idades puderam também desenhar em grandes folhas de papel disponibilizadas pela equipe que dava suporte ao evento.

O evento Baixada Arte Urbana (BAU), organizado pela Oficina de Ideias, foi possível graças ao incentivo do Governo do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, por meio do Edital Rua Cultural RJ. A produtora convidou os artistas Dante Urban, Luis Caio e Priscila Rooxo, todos moradores da Baixada Fluminense, que expressaram com suas obras a importância do meio ambiente, da sustentabilidade e da representatividade feminina.


“Esta manhã é de muita felicidade. O Parque do Gericinó é o pulmão de nossa cidade, nosso contato com a natureza e tudo que a gente puder fazer para melhorar nossa cidade, vamos fazer. Queremos estimular a arte urbana aqui dentro cada vez mais. Já pensamos em criar uma pista de skate e outros equipamentos. Vocês já trouxeram a arte, uma arte até pouco tempo incompreendida”, comemorou Abraãozinho David, antecipando que já foi publicado edital sobre a licitação da obra do teatro municipal.

Produtor do evento, o empreendedor social Fábio Mateus agradeceu a presença do prefeito, e dos secretários de Meio Ambiente, Dean Senra, e Comunicação, Caio de Araujo. “É importante ver o apoio que sua gestão dá à cultura. Dean Senra e Caio de Araujo foram parceiros que tornaram possível a realização dessa atividade. Me sinto muito feliz em saber também da novidade a respeito do teatro”, salientou Fábio Mateus, citando também o empenho de sua equipe.

Dante Urban é nilopolitano e já trabalhou em diversas intervenções de arte na cidade de Mesquita. Possui trabalhos para marcas importantes como a Rede Globo e a Nike. Já Priscila Rooxo, natural de Mesquita, traz nos traços da sua arte como ponto importante para valorização da autoestima da mulher periférica. Luis Caio é o mais experiente do trio. Natural de Queimados, Caio representa a conexão entre os eixos temáticos da sustentabilidade e da preservação do meio ambiente.

A artista plástica Gláucia Augusta dos Santos, moradora de Olinda, ficou fascinada com o painel de grafite. “Sou artista plástica, impressionista, e faço pinturas a óleo em tela. Esse painel foi o máximo. É o que estávamos precisando para enaltecer a arte e também o parque. A gente sabe que o grafite para chegar a esse patamar, passou por uma grande estrada. Era visto como uma atitude de baderneiros, de rebeldes. E hoje está abrindo as portas, como essa nave espacial que está abrindo essa porta para uma nova era, uma nova intenção”, afirmou.




Entre as crianças que se divertiam na oficina de pintura estava Maria Flor Menezes, de 4 anos. Ela pintava uma grande folha de papel sob o olhar atento e com a ajuda do pai, o publicitário Ugo Menezes. Concentrada em criar uma imagem abstrata, a menina gostou da atividade e pediu que aconteça sempre. “Gostei de todo o mural, de toda a pintura”, afirmou a garotinha.




Vicente Gomes Damasceno, 9 anos, curtiu fazer as pinturas e espera que tenha sempre ações desse tipo. Ele preferiu a parte das asas no mural, onde depois quer tirar fotos. Morador do Centro de Nilópolis, ele estava acompanhado da mãe, a advogada Jaciara Damasceno. Ela também apreciou o evento. “Incentiva a arte nas crianças e a expressarem o que sentem”.




Noêmia Januária, 69 anos, mãe de Dante Urban, ajudou a pintar com tinta em spray as asas criadas por seu filho e os colegas Priscila Rooxo e Luís Caio. “É a primeira vez que participo de uma pintura dele e achei o mural lindo demais. Desenhei um coração porque é o meu amor por ele”, contou cheia de carinho.




Parque localizado entre os maciços da Pedra Branca e do Mendanha, situado no bioma da Mata Atlântica, o Gericinó também abrigou no domingo o projeto Arte na Natureza, com feira de artesanato, e apresentação de carimbó, além da plantação de mudas de árvores pelo Grupo dos Desbravadores, instituição parecida com os Escoteiros.




A inauguração contou com apresentações musicais de GizaDJ e ClovisDJ, além de show com a cantora rapper Pitty Rocha e o rapper Owddy, com participação de bailarinos.




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Frente fria provoca chuva volumosa e Rio entra em Estágio de Mobilização

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O Rio entrou em estágio de Mobilização às 17h25 desta quarta-feira, dia 28 de setembro à previsão de chuva moderada e volumosa nas próximas 2 horas.

Situação atual:

Núcleos de chuva se deslocam da Região do Médio Paraíba e Baixada Fluminense para a cidade do Rio de Janeiro. Núcleos de chuva atuam sobre a cidade ocasionando chuva fraca e moderada.

O Estágio de Mobilização é o segundo nível em uma escala de cinco e significa que há riscos de ocorrências de alto impacto na cidade. Há possibilidade de nova mudança de estágio devido à chuva e/ou outros fatores.

Nilópolis promove palestra sobre educação ambiental nas escolas

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A educação ambiental está cada vez mais presente em Nilópolis. O projeto Coleta Seletiva nas Escolas iniciou no dia 21 de setembro deste ano e já passou por cinco colégios. Alunos, responsáveis, professores e funcionários se conscientizam sobre logística reversa, reciclagem e coleta seletiva.

Com palestras e brincadeiras direcionadas para cada faixa etária, a equipe do projeto destaca a importância da proteção e preservação do meio ambiente, apresentando dados, imagens e informações que ressaltam o papel de cada um na coleta seletiva.

"É muito importante que a gente possa despertar uma consciência ambiental o quanto antes, e fazer isso com as nossas crianças dentro da sala de aula é fundamental para que elas aprendam sobre o tema de uma maneira adequada", salientou o secretário de Meio Ambiente, Dean Senra.

A comunidade escolar do CIEP 136 - Professora Stella De Queiroz Pinheiro e das escolas Regina Sessim, Sagrado Coração De Jesus, Isaura da Costa Sá Coelho e Edyr Ribeiro já participaram do projeto. A parceria entre as secretarias do Meio Ambiente e Educação possibilitará que a visita aconteça nas 31 escolas municipais.

O decreto 4883/22, de 06 de junho de 2022, determina que as escolas devem promover a separação e distinção entre os resíduos sólidos gerados no local , por meio da instalação ou adaptação de lixeiras específicas, para "Lixo Seco", que pode ser reciclado, e "Lixo Úmido", que não pode ser reciclado, nas áreas de convivência de alunos e funcionários.

Duque de Caxias inaugura primeiro polo do projeto piscina aberta, na Prainha

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Foi inaugurada, na segunda-feira (26), no Ciep 198 - Professora Roza Ferreira de Mattos, no bairro da Prainha, o primeiro polo do Projeto “Piscina Aberta – Inclusão, Saúde e Bem-Estar”.

O polo já está em funcionamento e é uma iniciativa da Prefeitura de Duque de Caxias, através da Fundec, fundação ligada à Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia.

“Esta é a primeira piscina de inclusão social no estado do Rio de Janeiro. Aqui, crianças, jovens, adultos e idosos vão poder fazer atividades de natação e hidroginástica gratuitamente, com especial atenção para pessoas com deficiência”, afirmou, na inauguração, o prefeito Wilson Reis.

O projeto é uma parceria da prefeitura com o Estado do Rio de Janeiro, por intermédio da Secretaria de Estado de Educação.

O secretário municipal de ciência e tecnologia, Eduardo Moreira, falou sobre o valor do aproveitamento de recursos ociosos e a importância do projeto para os moradores da região.

“A piscina desse CIEP estava sem ser utilizada há anos. Nós a reformamos e a deixamos pronta para voltar a ser usada. É fundamental que a população possa usufruir de um equipamento como esse. Aqui, os moradores da região terão acesso a atividades aquáticas, que podem resultar na melhora de sua qualidade de vida”, afirmou.

O diretor do CIEP, Leonardo Araújo, concordou. “Este projeto vai trazer os habitantes do entorno para dentro do CIEP, que se torna de fato um espaço de integração social”, concluiu.

O polo já conta com mais de 450 inscritos. As aulas vão ocorrer nos turnos da manhã e da tarde, às terças, quartas, quintas e sextas-feiras. Os moradores da região que estejam interessados em participar podem se inscrever no próprio Ciep, localizado na Rua Helena Passos de Souza - S/N - Prainha - Duque de Caxias / RJ.

Secretarias de Belford Roxo realizam campanhas de conscientização em praça

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Com o mês de setembro chegando ao fim, a Prefeitura de Belford Roxo decidiu intensificar ainda mais as campanhas de conscientização. Em alusão ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (10/09) e o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência (21/09), as Secretarias da Pessoa com Deficiência e Executiva de Saúde Mental realizaram uma ação conjunta na Praça Eliaquim Batista, Centro, nesta quarta-feira (28-09). Os stands faziam atendimento enquanto o restante das equipes abordavam as pessoas que passavam pelo local com panfletos informativos.

O subsecretário dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Fabiano Abreu, explicou que um dos folhetos contém informações sobre o setor. “O intuito não é só divulgar o trabalho feito pela Secretaria, mas garantir conhecimento e os direitos das pessoas com deficiência e também chamar atenção para a alta taxa de suicídios dessas pessoas e seus familiares que acabam carregando uma grande carga. 

Nos atendimentos, estamos encaminhando as pessoas para um acolhimento especializado em cada caso e contamos também com a parceria da Escola Municipal de Educação Especial Albert Sabin, que é a única na Baixada Fluminense com o atendimento especializado”, informou Fabiano. 

Belford Roxo inaugura Praça Bartolomeu Ferreira no Parque Colonial

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O prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho, inaugurou na terça-feira (27-09), a Praça Bartolomeu Ferreira Barcelos, no Parque Colonial, Jardim do Ipê. A nova área de lazer tem campo de grama natural; vestiários (masculino e feminino); parque Infantil; academia ao ar livre; pista de caminhada; bancos de concreto e iluminação de led. Durante a cerimônia, Luiz Roberto, filho de Bartolomeu, recebeu uma placa de homenagem junto à filha e neta.

Waguinho ressaltou as melhorias no Jardim do Ipê, e nem mesmo a chuva não foi capaz de afastar a multidão repleta de crianças na nova praça. “Nós reestruturamos tudo, fizemos tudo novo. Agora é cuidar da praça, do campo, pois esse espaço é de todas as famílias”, reforçou. “Temos trabalhado muito para melhorar a infraestrutura e segurança nessa região. Continuem acreditando, porque estamos presentes e vamos seguir entregando muito mais”, concluiu Waguinho.

O prefeito cercado de lideranças locais, também informou que em breve será inaugurado o complexo de saúde com Hospital da Criança, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e o Hospital da Mulher; além de um centro odontológico completo.

Canavial antigo

Muito emocionado, Luiz, filho do homenageado, enfatizou a importância desse espaço revitalizado. “Aqui é um grande legado para a Baixada. Antes de falecer, meu pai pediu para darmos continuidade e fazer a manutenção do local, que hoje se transformou em uma praça”, relembrou. “Estou agradecido de coração por ver tudo isso acontecer. Quando cheguei aqui só havia pasto de boi, canavial e fazenda. Criamos esse local com muita parceria e amizade entre todos da comunidade”, concluiu Luiz, que vive no Parque Colonial há 58 anos.

Maria Andrade, 65 anos, aposentada e moradora do bairro há mais de 10 anos, já aproveitou a oportunidade para se exercitar na academia da praça. “Achei tudo muito bom para adultos e crianças. Esse equipamento vai me ajudar muito, é qualidade de vida”, salientou.

Márcia Gomes Vieira, 51 anos, dona de casa, mora no Parque Amorim e estava presente para prestigiar a nova área de lazer. “Aqui estava abandonado e a obra deixou tudo muito bonito. Fico muito grata pelo espaço, agora as crianças podem se divertir e aproveitar o espaço”, reforçou.

Quem foi Bartolomeu Ferreira Barcelos

Bartolomeu Ferreira Barcelos nasceu em 1924 em Cachoeiras de Macacu, município que fica 93 km do Centro do Rio de Janeiro. No início da década de 1960 ele deixou a terra natal e foi morar em Magé. Porém, em 1964, Bartolomeu se fixou no Parque Colonial, em Belford Roxo, onde, com a esposa Luzinete Maria de Moura Barcelos (falecida em 2019), criou os quatro filhos: Luiz Roberto, Jorge Davi (já falecido), Gilberto de Moura e Rosângela de Moura.

Um dos primeiros moradores do Parque Colonial, Bartolomeu Ferreira Barcelos foi o primeiro presidente do Esporte Clube Colonial, agremiação tradicional do bairro. Muito atuante no bairro, ele morreu em 2002.

Boa saúde bucal ajuda a prevenir infarto e outros problemas cardíacos

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De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, 30% dos óbitos no Brasil são causados por doenças cardiovasculares, totalizando cerca de 400 mil mortes por ano. Além disso, uma pesquisa realizada pelo Instituto do Coração, da Universidade de São Paulo, atestou que 45% das doenças ligadas a este órgão vital do corpo humano têm início na boca, mostrando uma clara relação entre a saúde bucal e enfermidades cardíacas.

“Lesões causadas por gengivite e periodontite, ou, no caso de quem tem implante, pela mucosite e peri-implantite, podem fazer com que bactérias e microorganismos presentes na boca entrem na corrente sanguínea, causando problemas cardíacos ou agravando doenças já existentes”, explica o Dr. Fábio Azevedo, especialista em implantodontia e consultor do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da S.I.N. Implant System.

Como prevenir: “A principal forma de manter-se longe da gengivite e periodontite e da mucosite e peri-implantite é ter sempre a saúde bucal em dia, escovando os dentes e usando o fio dental após as principais refeições. Visitas regulares ao dentista também são importantes para garantir que tudo está funcionando bem”, afirma o Dr. Azevedo.

Sinais de alerta: “É importante ficar atento às gengivas. Sangramentos, gengiva inchada (edemaciada) e avermelhada costumam ser os principais fatores de risco para gengivite, periodontite, mucosite e peri-implantite, levando a um maior risco para doenças cardíacas, por isso, é recomendável procurar um dentista em caso de alterações nas gengivas, ou ainda, se elas parecerem mais afastadas dos dentes”, explica o especialista.

Grupos de risco: “Bactérias e fungos presentes na boca podem alcançar a corrente sanguínea e colonizar áreas do coração. Isso pode causar ou agravar quadros de saúde cardíacos como por exemplo a endocardite bacteriana, que é uma infecção local no músculo cardíaco, que em casos mais graves pode levar até mesmo a óbito”, esclarece o Dr. Azevedo. “Por isso, é importante que pessoas com problemas crônicos, como a gengivite ou a doença periodontal avançada, façam um tratamento cuidadoso, visto que essas enfermidades aumentam a chance de problemas cardíacos”, conclui.

Fique atento: “Se a pessoa já é portadora de algum problema cardíaco, é importante que o dentista seja avisado, já que esses pacientes devem ter cuidado redobrado com a saúde bucal”, afirma o especialista. “Alguns indivíduos podem ser mais suscetíveis a endocardite, uma doença que provoca inflamação na membrana que reveste a parede interna do coração. Essas pessoas precisam ter um cuidado muito maior com a higiene bucal, devido ao risco das bactérias presentes na boca atingirem o coração”, conclui. E mais: em casos de cirurgia bucal, quando há sangramento, as bactérias presentes na cavidade oral entram na corrente sanguínea. “Se o paciente for portador de algum problema cardíaco como um prolapso valvular ou ainda uma válvula artificial, se faz necessária uma profilaxia antibiótica, para evitar complicações”, alerta o Dr. Azevedo.

Sobre a S.I.N. Implant System: referência mundial em produtos para implantes dentários, a S.I.N Implant System tem DNA brasileiro e está no mercado desde 2003. Hoje, seu parque fabril de última geração entrega mais de 5 milhões de produtos acabados todos os anos, com presença em 22 países. Com uma trajetória de conquistas apoiada nos princípios da simplicidade, inovação e nanotecnologia, a S.I.N. Implant System oferece as melhores linhas de implantes dentários do mundo, além de componentes protéticos. A empresa tem como visão oferecer o que há de melhor e mais seguro na área de implantodontia, utilizando, para isso, tecnologia de ponta e equipamentos de última geração, que passam por rigoroso controle de processos. A excelência em qualidade de seus produtos é garantida e comprovada por meio de certificações nacionais e internacionais. O sonho de restaurar sorrisos, iniciado com a Sra. Neide e o Dr. Ariel Lenharo, continua vivo. Em tempo: Ariel Lenharo foi o primeiro doutor em implantodontia do Estado de São Paulo, tendo também realizado sua pós-graduação nos Estados Unidos, no Pankey Institute. A Sra. Neide e o Dr. Lenharo estiveram à frente da companhia até 2009, quando o controle acionário da S.I.N passou para o fundo de investimentos Southern Cross Group, equity firm líder e mais antigo dedicado ao mercado latino-americano, com mais de U$ 2,8 bilhões investidos em 38 empresas em todo o continente.

Hospital Geral de Nova Iguaçu faz homenagem às famílias de pacientes doadores de órgãos

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Foto: Alziro Xavier / PMNI

No Dia Nacional da Doação de Órgãos, comemorado nesta terça-feira (27), o Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), por meio da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), homenageou doadores e seus familiares.

Baseada em uma mitologia japonesa, cada família foi convidada a pendurar o origami tsuru em uma árvore da vida, que simbolizava as doações de órgãos que foram autorizadas no HGNI.

“A árvore da vida faz parte de uma mitologia que diz que tudo está interligado, crescimento e renascimento. De acordo com a lenda, depois que a árvore tiver mil tsurus, você tem direito a um pedido e o nosso pedido é que mais nenhuma pessoa morra na lista de espera pela doação de órgãos”, explica a médica coordenadora da CIHDOTT, Roberta Carvalho.

Emoção, solidariedade e saudade foram alguns sentimentos que marcaram a tarde dos convidados. Há cerca de dois meses, a instrutora de autoescola Sara de Almeida Gomes, de 36 anos, optou pela doação de órgãos do irmão, que teve morte cerebral. Mesmo com a família sofrendo pela recente perda, ela conta que a possibilidade de ajudar quem está precisando foi um acalento neste momento difícil.

“Não é uma decisão fácil e a gente ainda sofre muito, mas alguns motivos nos reconfortam, como saber que pudemos ajudar outras famílias a terem finais felizes. É uma satisfação, pois sei que de alguma forma o meu irmão vai continuar vivo ajudando e outra pessoa”, conta emocionada.

Captação de órgãos do HGNI será ampliada

Durante as homenagens, a equipe da CIHDOTT do HGNI confirmou que irá expandir as ações de captação de órgãos. Será criado um programa de estágio para 2023 e um de capacitação, batizado de Josi Costa, em homenagem a uma técnica de enfermagem do hospital que foi doadora de órgãos.




“Quero agradecer aos familiares pela conscientização e a equipe que está promovendo esse trabalho sobre a captação de órgãos. Ainda encontramos resistência por parte da população que está em um momento difícil de perda, mas esse sim pode ajudar a salvar inúmeras vidas de pessoas que aguardam na fila, que infelizmente só cresce”, destaca o diretor-geral do HGNI, Joé Sestello.

O HGNI faz uma avaliação criteriosa dos pacientes que têm critério de morte encefálica. Após todos os trâmites legais e a confirmação do diagnóstico, as famílias são acolhidas pela CIHDOTT, que explica sobre o direito que eles têm de optar pela doação. Se a resposta for positiva, uma equipe do Programa Estadual de Transplantes (PET-RJ) vai até a unidade para fazer a captação dos órgãos, que são encaminhados para pacientes que aguardam em fila única definida pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Já os tecidos vão para um banco de armazenamento para serem preparados e utilizados quando necessário.

Para ser doador de órgãos é importante a pessoa manifestar à família sobre o desejo de realizar a doação. Não é necessário deixar a vontade expressa em documentos ou cartórios, basta que sua família atenda ao seu pedido e autorize a doação de órgãos e tecidos.

Conheça o direito dos mesários

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É comum que muitas pessoas tenham dúvidas sobre os direitos e benefícios no trabalho de quem é convocado para ser mesário nos dois turnos. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), somente em 2018, pelo menos 1,9 milhão de mesários trabalharam em todo o Brasil durante o 1º turno das eleições presidenciais, cerca de 678 mil, 42,6% deles, foram voluntários.

Embora não seja remunerada, a atividade garante benefícios e direitos trabalhistas para quem atua, sejam eles convocados ou voluntários. Os mesários são nomeados, de preferência, entre os eleitores da própria seção eleitoral. O cartório eleitoral procura selecionar os diplomados em escola superior, professores e serventuários da Justiça, e a Justiça Eleitoral também recebe inscrições de voluntários.

Desse modo, o cidadão pode ser convocado para trabalhar como mesário nas eleições, mas também pode se apresentar voluntariamente para contribuir com o processo de escolha dos próximos representantes da população . Nesses casos, há alguns requisitos que precisam ser cumpridos, como ser maior de 18 anos e estar em situação regular na Justiça Eleitoral.

Além de contribuir com a Justiça Eleitoral, existem também os seguintes benefícios:

Dois dias de folga para cada dia trabalhado e ao concluir o treinamento oferecido pela Justiça Eleitoral, sem perder o salário;

Certificado dos serviços prestados à Justiça Eleitoral;

No dia da eleição, recebe auxílio alimentação no valor máximo de R$ 45,00, conforme Portaria TSE nº 399;

Há preferência, em caso de desempate, em concursos públicos, desde que prevista essa prerrogativa em edital;

Uso das horas trabalhadas como atividade complementar ou extracurricular para os mesários universitários, mediante celebração de convênio com as instituições de ensino.

De acordo com a Dra. Priscilla da Silva Santos, advogada do escritório Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados, para que as folgas sejam concedidas àqueles que trabalharem nas eleições, devem ser negociadas com a empresa, o órgão ou a instituição na qual o mesário trabalhava à época da eleição.

“Além de serem negociadas as folgas, o empregado deve estar atento ao fato de que se foi convocado uma vez, não há vinculação de que será chamado para trabalhar em sucessivas eleições, pois a necessidade de convocação varia conforme o número de mesários que se inscrevem voluntariamente e o de eleitores das zonas eleitorais. Desse modo, o mesário pode voltar a ser convocado ou não”, afirma.

Além dos benefícios, as empresas devem estar atentas, caso o funcionário exerça trabalho nas eleições. “A empresa não pode, em hipótese alguma, se opor à participação do funcionário como mesário nas eleições. Caso tenha qualquer problema, o trabalhador deverá acionar a Justiça Eleitoral”, declara.

Além disso, caso o empregado trabalhe no domingo, ele deve obrigatoriamente ser liberado de suas funções para ajudar durante o processo eleitoral. “Se a pessoa trabalha sob regime CLT, deve avisar o empregador logo que receber uma comunicação oficial da Justiça Eleitoral (carta de convocação), fisicamente ou em formato eletrônico, pois precisará se ausentar para realizar os treinamentos, além do domingo de eleição – caso trabalhe aos finais de semana”, acrescenta.

Cada cartório eleitoral define uma data para realizar o treinamento de mesários. Normalmente, ocorre nos meses de agosto e setembro, e tem como objetivo capacitar os convocados para desempenhar as atividades necessárias à organização e a segurança ao exercício do voto no dia das eleições, como ligar a urna eletrônica e emitir o comprovante da ausência de votos na urna, conferir todo o material de votação e afixar cartazes de proibição de propaganda, conferir o correto preenchimento do formulário de justificativa, dentre outras.

Penalidades e impedimentos

Se o convocado ou voluntário não comparecer no dia da eleição, deverá apresentar justa causa ao Juiz Eleitoral em até 30 dias da data do pleito. Caso isso não ocorra, será aplicada uma multa a ser cobrada por meio da Guia de Recolhimento da União (GRU).

“No entanto, cabe destacar que se o mesário ausente for servidor público ou autárquico, a pena será de suspensão de até 15 (quinze) dias. Todas as penas serão aplicadas em dobro se a Mesa Receptora deixar de funcionar por culpa daqueles que faltaram, bem como ao membro que deixar os trabalhos durante a votação e não apresentar justificativa ao juiz em até três dias do fato”, diz Priscila.

Não podem ser mesário durante as eleições candidatos ou candidatas e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau (irmãos, cunhados, filhos, pais, genros, noras, sogros, netos, avós), inclusive, e cônjuge, os membros de diretórios de partidos políticos ou federação de partidos que exerçam função executiva e os que trabalham na Justiça Eleitoral.

Também há impedimento para atuar como mesário, os profissionais ocupantes dos cargos de Agente de Segurança Penitenciária, Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, Guardas Civis Municipais, mesmo que a título de mesário voluntário, além de autoridades e agentes policiais, bem como funcionários que exerçam cargos de confiança do Poder Executivo. Por fim, eleitores menores de 18 anos ainda não estão aptos a participar.

Sobre Dra. Priscilla da Silva Santos

Bacharela em Direito pelo Centro Universitário de Brasília, em 2010 e inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº 35.838
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