Região preferida dos ladrões em Nova Iguaçu

Reportagem; Davi de Castro

O quarteirão existente da rua coronel Francisco Soares, entre as ruas Santa Luzia e Avenida Governador Portela, no coração do Centro de Nova Iguaçu, se tornou o ponto preferido para a investida dos ladrões. Não importa o dia ou a hora, eles atacam pessoas também nas proximidades dos cruzamentos com a Via Light e ainda invadem residências em busca de dinheiro ou objetos de valor.

Foi assim na última terça-feira, quando um homem, usando uniforme para confundir moradores, entrou em um condomínio, arrancou bomba hidráulica de uma residência e saiu sem causar nenhuma suspeita a quem o viu. É que ele vestia macacão azul, o que faz supor trata-se de funcionários de Cedae. Moradores apavorados com a situação temem até registar queixa. A situação já aconteceu em outras oportunidades.

Ladrões atacam nas residências

De acordo com a professora aposentada P.V.N.J, 57 anos, ela foi surpreendida ao chegar a casa, na terça-feira (31) ao perceber que a bomba hidráulica havia sido retirada. Segundo uma vizinha, um homem vestindo uniforme azul, semelhante ao de funcionário da Cedae, entrou na vila residencial e se dirigiu a uma das casas. Pensando que se tratava de uma ordem de serviço, essa vizinha só percebeu que o homem deixava o local com uma mochila e um grande objeto dentro. Ele também levou lâmpadas elétricas que se encontravam ao seu alcance no local. A professora lembra que não foi a primeira vez que esse tipo de furto ocorrera no local, e da mesma forma.

Apesar da movimentação do quarteirão, onde há vários estabelecimentos comerciais como lojas de móveis, bares, restaurantes, lanchonetes, livraria, lojas de departamentos, agência bancária, muitos pontos de ônibus e muitas pessoas transitando pelo trecho, os assaltantes não se sentem ameaçados. M.C. da Silva, 40 anos, que já fora assaltada na porta do banco, disse que “a falta de policiamento dá garantias de impunidade aos ladrões, que roubam e atravessam a Via Light, sem ser incomodado por ninguém”, detalha.

Vitimas pedem segurança

Ela, que trabalha no mesmo quarteirão, disse que já viu muita gente ser assaltada, inclusive dentro do estabelecimento comercial. “Ninguém faz nada e por isso as pessoas tem medo de reclamar. Eu mesma nem fui registrar queixa. Pois na delegacia, eles dizem que a gente vai ter de voltar para reconhecer o ladrão. E ainda dizem pra gente que isso é perigoso. Então, as vítimas preferem ficar no prejuízo do objeto roubado, para preservar a vida”, avalia Marina. A vítima sugere que a prefeitura de Nova Iguaçu faça contato com o 20º BPM (Mesquita), para traçar plano de segurança daquele trecho.

via: jornal de hoje

06/11/2017