Uma nova e robusta fase da Operação Veritas resultou na apreensão de mais de 11 toneladas de produtos com indícios de falsificação em diversos pontos da capital e na Baixada Fluminense. A ação, que mirou o comércio ilegal de itens de luxo e vestuário, gerou um prejuízo estimado de mais de R$ 3,6 milhões aos envolvidos.
A força-tarefa mobilizou a Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (SEDCON), o Procon Estadual (PROCON-RJ), a Polícia Militar e a Receita Federal.
Marcas de luxo e esportivas entre os alvos
Oito estabelecimentos comerciais foram alvo da operação. Entre os produtos recolhidos estão roupas, calçados, acessórios e perfumes que simulavam marcas famosas.
Para a identificação técnica das falsificações, a operação contou com o apoio de representantes de marcas nacionais e internacionais de grande porte, como Nike, Adidas, Puma, Lacoste, Diesel, Louis Vuitton, Gucci, Hugo Boss e Jordan.
Prejuízos bilionários e riscos ao consumidor
O Secretário de Estado de Defesa do Consumidor, Gutemberg Fonseca, destacou que a pirataria e o descaminho geram um impacto que vai além da violação de marca.
"Produtos que entram no país por meio de descaminho ou são falsificados ferem os direitos previstos no Código de Defesa do Consumidor (CDC)", afirmou Fonseca. Segundo ele, o setor de vestuário foi o mais afetado pelo comércio ilícito em 2024, com perdas que ultrapassaram R$ 87 bilhões, recursos que deixam de ser investidos em serviços essenciais como saúde e educação.
O secretário reforçou que essa prática está diretamente ligada ao financiamento do crime organizado e coloca em risco a saúde e segurança dos consumidores. De acordo com dados do Fórum Nacional Contra a Pirataria, o prejuízo total com pirataria e contrabando no Brasil atingiu meio trilhão de reais apenas em 2024.
Esforço contínuo e destinação social
A Operação Veritas III é um esforço contínuo de combate ao comércio ilegal. Nas fases I e II, realizadas no primeiro semestre, mais de 100 mil produtos já haviam sido apreendidos, resultando, inclusive, no fechamento de cinco lojas em Nova Iguaçu e bairros da capital (Taquara, Realengo, Bonsucesso e Bangu).
A SEDCON alerta que o consumidor tem papel fundamental, devendo evitar comprar produtos de origem duvidosa.
Os itens apreendidos nesta fase passarão por análise. Caso sejam considerados seguros, serão descaracterizados para respeitar as marcas e, posteriormente, doados a projetos sociais no estado do Rio de Janeiro.