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Interdição do viaduto do centro de Nova Iguaçu vai até agosto

quarta-feira, fevereiro 21, 2018

/ by Jornal Destaque Baixada

NOVA IGUAÇU - Depois de 50 anos de existência, o viaduto Padre João Musch é interditado para a execução da primeira obra de reforma estrutural de sua vida. Com rachaduras profundas ao longo dos seus 120 metros de extensão e as juntas comprometidas, a estrutura balança além do limite e há risco de desabamento.

A interdição aconteceu na sexta-feira (9), às vésperas do carnaval, surpreendendo motoristas e pedestres. De acordo com operários no local, as obras devem durar pelo menos seis meses. Agentes de trânsito permanecem nas extremidades do viaduto orientando os desavisados.

A primeira interdição aconteceu segunda-feira (5), com a proibição do tráfego de caminhões de carga, ônibus e veículos pesados. O objetivo da prefeitura é evitar o risco de desabamento, já que o tráfego de veículos faz com que o viaduto balançar além do limite, principalmente quando passa caminhão de carga. Além disso, o matagal tomou conta do viaduto, a fiação elétrica dos postes estava exposta, assim como a ferragem, e as alças destinadas à passagem de pedestres também estão cedendo para as laterais. As rachaduras permitem que, de cima, se veja a pista que passa em baixo e vice-versa. Moradores de rua que pernoitam no local, e ambulantes estabelecidos nas imediações, revelaram que pedaços de cimento já despencaram muitas vezes, danificando veículos estacionados embaixo do viaduto.

Reportagens do JH mostraram os riscos

A iniciativa da prefeitura aconteceu depois que o Jornal de Hoje ter feito várias reportagens no local, mostrando que as rachaduras estavam aumentando e em alguns trechos da estrutura, já havia um desnível de mais de 10 centímetros entre uma junta e outra. Essa mesma diferença aparece entre um corrimão e outro, evidenciando que o viaduto está cedendo, principalmente na parte próxima ao vão central. Na última matéria da série (edição de 20 a 21/01), o JH levou ao local o engenheiro civil Eliçon Canuto, um profissional com mais de 30 anos de experiência e mais 40 cursos no ramo, o qual constatou “o comprometimento das juntas”, podendo chegar ao “colapso total”, que, segundo ele, é o caminho mais curto para o desabamento.

Prefeitura faz interdição total

Na véspera do carnaval (9), portanto, a prefeitura decidiu interditar totalmente o viaduto para obras de reforma, fechando os acessos e ainda colocando tapumes nas pistas centrais, surpreendendo motoristas e pedestres. Máquinas, caminhões e dezenas de trabalhadores de uma empresa responsável pelo serviço, estão no local cavando buracos para levantar vigas de sustentação das laterais do viaduto, inicialmente nos trechos do vão central, onde as rachaduras estão mais acentuadas. Esse trabalho substitui os quatro andaimes que a prefeitura de Nova Iguaçu havia colocado, na intenção de que eles seriam suficientes para suportar o peso do viaduto. Com a interdição total do trânsito pelo viaduto, agentes da secretaria de transportes foram mantidos nas extremidades, tanto da rua Dr. Mário Guimarães quanto da Via Light, para orientar os motoristas desatentos.

Sexo, lixo e fedentina na porta do TRE

Quem passa pela cabeceira do viaduto padre João Musch, no acesso da rua Dr. Mário Guimarães, ou pela Rua Bernardino de Melo, com destino às zonas eleitorais do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), está obrigado a suportar a fedentina. Além disso, quem trafega pelo local, corre o risco de ser assaltado de dia ou de noite, principalmente.

O local está completamente abandonado pela prefeitura e, em função disso, moradores de rua transformaram a área em dormitório a céu aberto, onde também usam como motel e ainda fazem as necessidades fisiológicas, enquanto outros fazem uso de drogas.

O trecho, que liga a rua Dr. Mário Guimarães à rua Bernardino de Melo, por baixo do viaduto, está cheio de lixo, tomado pelo mato, escuro e já é considerada como uma das mais perigosas travessia do centro da cidade. Dezenas de moradores e de pedestres, vítimas de assaltos no local, já fizeram várias reclamações e até hoje nada fora resolvido.

Por: Davi de Castro
via: Via: Jornal de Hoje
20/02/2018
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