Brasil atualmente se divide em quem tenta sobreviver e cuidar dos seus em meio a uma pandemia letal, quem precisa trabalhar e quem não liga nem para esses, nem para si próprios e faz festinhas de tamanhos variados - da Baixada Fluminense até Trancoso, passando por Mangaratiba. Dados apontam para um 2021 tão difícil quanto 2020.
O fato é que a população tem relaxado nas medidas de restrição para contenção da pandemia, os números de casos e de infectados e até as mortes provocadas pelo vírus voltaram a subir. Fato que já preocupa médicos que estão na linha de frente e se vê em uma situação caótica. Shows, baile funks e inúmeras confraternizações voltaram a ficar lotados. Sem falar dos metrôs, trens, barcas vans e ônibus, que nunca ficaram vazios, desde o início da pandemia. Iniciando 2021 com incertezas, onde praias, baladas e transportes públicos lotados são fatores que podem aumentar o risco da covid.
Só para não deixar eles de fora. Fazemos questão de mencionar o período eleitoral, que pareceu um verdadeiro show de propagação do vírus. era abraços aglomerações e beijos para todos os lados, a final, a conta disso tudo uma hora chega. Vale lembrar, que 2021 o aumento do preços dos alimentos e a estagnação econômica do país podem prejudicar ainda mais a população.
"O Rio de Janeiro nunca teve controle completo da transmissão do vírus. O Estado foi flexibilizando as medidas de isolamento social quando os casos ainda estavam em alta. As pessoas voltaram a se reunir, fazer encontros, os bares voltaram a ficar lotados e houve muitos eventos com aglomeração", afirma o infectologista Alberto Chebabo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e diretor do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
31/12/2020
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