O Seminário é uma espécie de capacitação para quem trabalha no Serviço da Família Acolhedora/ Fotos: Rafael Barreto/PMBR |
“Acolha e mude uma vida”. Essa foi a frase escolhida para o tema do I Seminário do Serviço Família Acolhedora em Belford Roxo, idealizada pela Secretaria de Assistência Social, Cidadania e Mulher. O encontro aconteceu no Polo Cederj e contou com a presença de outras Secretarias e de representantes dos municípios de Itaguaí, Carmo, Mesquita, Nova Iguaçu, Rio Bonito, São Gonçalo, Magé, Barra do Piraí, Rio de Janeiro e Cachoeiras de Macacu.
A secretária de Assistência Social, Cidadania e Mulher, Brenda Carneiro, destacou que o desafio é grande. “O seminário de hoje é uma troca de experiências e capacitação para acolher as crianças de uma forma que mereçam, com carinho e muito cuidado, para que retornem às suas casas”, disse Brenda.
Aos 60 anos, Benedita de Souza Machado, moradora de Santa Cruz, já acolheu 30 crianças durante os 16 anos que faz parte do programa. “O acolhimento se trata da troca de amor que fez bem à criança e à nossa família. Enxergamos no programa a importância em poder mudar a vida de uma criança. Quando começamos a acolher a primeira criança vimos que muitas não tinham condições e que fazemos a diferença. Estamos dando um momento de aprendizado, e quando elas voltarem para sua família de origem, vão levar tudo o que aprendeu para poder até aplicar em casa. Tenho uma alegria grande em ter contribuído com essas crianças que passaram por mim”, contou Benedita.
Vulnerabilidade social
A coordenadora do Serviço Família Acolhedora, Rosângela Pedra, comanda uma equipe com psicóloga, assistente social e administrativo. Ela explicou que esse é o primeiro seminário do programa e tem o objetivo de mostrar o trabalho realizado desde 2019. “O projeto consiste em buscar crianças que estejam em vulnerabilidade e precisam estar em contato com uma família. Essas famílias são cadastradas e capacitadas para acolher as crianças enquanto sua família de origem é trabalhada para que a criança retorne. Buscamos no município famílias que queiram participar e que queiram e tenham sensibilidade de olhar o próximo, para que juntos possamos acolher crianças em vulnerabilidade. Isso é essencial principalmente na primeira infância para que a criança tenha um desenvolvimento melhor”, destacou Rosângela.
Falando sobre a experiência de São Gonçalo, o psicólogo do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso (VIJI) de São Gonçalo, Lindomar Darós salientou a importância do Família Acolhedora. “O programa viabiliza à criança um acolhimento singular que um abrigo não consegue fazer. A atenção voltada para ela. Afirmo a importância desse trabalho e que tenham famílias dispostas a acolher”, explicou.
Lindomar Darós, Rosangela Pedra, Brenda Carneiro, Carla Fernandes e Tamiris Almeida no seminário |
E para falar do acolhimento e seus desafios, a assistente social e do CRESS/RJ, Natália Figueiredo, palestrou para os participantes. “Parabenizo Belford Roxo por sediar esse primeiro seminário, pois assim vemos que o município está preocupado com a criança e o adolescente. Esse serviço já existe na cidade desde 2019 e todos estão caminhando e se capacitando para executar um serviço de qualidade. A cidade está sempre buscando participar de pautas do assunto para que possa transformar e efetivar o serviço em uma política pública. Me coloco à disposição pelo o que for preciso pro serviço crescer e ter mais famílias acolhedoras”, finalizou Natália.