Cachorros que ficam soltos na rua atacam e mordem pessoas em Belford Roxo

O medo se tornou uma rotina para diversos moradores de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, que têm relatado um aumento nos ataques de cães que circulam soltos pelas ruas do Bairro Xavantes. A situação, que já gerou feridos, tem causado indignação e um apelo por providências urgentes das autoridades. "Vi uma criança sendo cercada por eles (cachorros), e por sorte, eu passei na hora, saindo correndo xotando eles". Disse Roseli Brandão. 

Os relatos se acumulam ocorrem na Rua Biquiba, Perto do Campo Grande Rio. Moradores descrevem o susto de serem perseguidos por matilhas e a impotência diante de cachorros que avançam em direção a pedestres e, em alguns casos, até contra outros animais domésticos que passeiam com seus donos. As denuncias apontam que os animais teriam donos e mesmo assim, ficam soltos livremente.

"Eu fui mordida por um cachorro, quando passei de bicicleta na Rua Biquiba. Ele me atacou contudo e não consegui sair a tempo. Estou tomando injeções por causa da irresponsabilidade do tutor". Contou Neide Santos, de 42 anos. Ela acrescenta que irmão dela também foi atacado pelo mesmo cachorro; "Fui falar com uma moça que mora perto, ela me contou que estes mesmos cachorros, já morderam várias pessoas, inclusive na rua de trás, a Rua Bertioga. Meu próprio irmão já foi mordido por ele".

"É um perigo sair de casa," relata Márcia Guimaraes , de 45 anos, residente do bairro Xavantes. "Ontem mesmo, meu filho pequeno quase foi mordido por um cachorro preto que saiu correndo do nada. A gente vive com o coração na mão. Eles têm dono e o dono não faz nada". Desabafou.

Além do risco à integridade física, os ataques de cães soltos também têm gerado prejuízos materiais. Motociclistas e ciclistas relatam quedas ao tentarem desviar dos animais, e há casos de pessoas que tiveram suas bolsas e pertences danificados.

A falta de um controle efetivo sobre a população de cães de rua é apontada como a principal causa do problema. Muitos dos animais, embora sem dono, são alimentados pela vizinhança, o que os mantém na região. Outros, no entanto, são cães com tutores que, irresponsavelmente, os deixam circular livremente.

"A gente sabe que alguns desses cachorros têm dono, mas eles ficam soltos o dia inteiro," desabafa João Marcos, servente. "Se algo acontece, ninguém se responsabiliza. Falta fiscalização e punição para quem não cuida do seu animal de estimação."

A população pede ações concretas da prefeitura, como a intensificação de campanhas de castração para controlar a natalidade dos animais e o reforço da fiscalização para coibir a circulação de cães sem coleira ou guia.