Se você achou que as cenas de pessoas penduradas em trens eram exclusividade dos vídeos virais da Índia, a Baixada Fluminense provou que o "tompero" local é muito mais radical. Um vídeo mostra passageiros viajando pendurados do lado de fora de um vagão no ramal que segue sentido Guapimirim e Magé.
A cena, que mistura perigo real com o puro suco de sobrevivência fluminense, mostra que o "surfista de trem" versão 2025 mudou de modalidade: agora o negócio é o "pingente de porta".
Entre a Adrenalina e o Absurdo
Enquanto Tom Cruise precisa de cabos de aço e dublês, o trabalhador da Baixada só precisa de um bom par de tênis e muita coragem para encarar a viagem. O vagão, visivelmente lotado, transformou as janelas e portas em "áreas vips de ventilação natural".
⚠️ Falando Sério: O Risco é Real
Apesar do tom de piada que o brasileiro costuma usar para lidar com o caos, a situação é um retrato crítico da precariedade do transporte ferroviário na região. Viajar pendurado não é uma escolha recreativa, mas sim o resultado de tragédia anunciada.
A concessionária responsável e as autoridades de transporte ainda não se pronunciaram sobre o vídeo específico, mas o risco de queda é altíssimo, principalmente em trechos onde a via férrea apresenta irregularidades ou vegetação próxima.
Precariedade e Riscos na Extensão
O ramal Guapimirim é conhecido por utilizar locomotivas e vagões mais antigos, muitas vezes sem sistema de ar-condicionado e com intervalos que podem chegar a várias horas.
Falta de Segurança: O flagrante de passageiros "surfando" ou pendurados nas portas abertas demonstra uma falha crítica na fiscalização e na segurança operacional das estações de partida.
Histórico de Problemas: A linha tem sofrido com constantes interrupções. Recentemente, em fevereiro de 2025, o ramal chegou a ser suspenso após o calor extremo de 71°C nos trilhos causar o descarrilamento de uma composição em Magé.
Superlotação e Desespero: Passageiros relatam que a baixa frequência de trens e a superlotação nos horários de pico levam alguns usuários a se arriscarem dessa forma para não perderem o transporte, embora a prática seja ilegal e extremamente perigosa.