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Das seis execuções registradas no Natal, três foram na Baixada Fluminense

quarta-feira, dezembro 27, 2017

/ by Jornal Destaque Baixada

A Região Metropolitana do Rio registrou seis homicídios na noite de Natal, entre as 18h do dia 24 e as 6h de 25 de dezembro. Segundo levantamento com base em dados da Polícia Civil, todos os assassinatos foram cometidos com armas de fogo. Três deles aconteceram na Baixada Fluminense, dois na capital e um em São Gonçalo. No período natalino, a cada duas horas, em média, uma pessoa foi assassinada no Grande Rio. A média é maior do que a registrada nos primeiros nove meses do ano em todo o estado: de janeiro a novembro, foram 453 homicídios — média de um a cada 17 horas.

O primeiro homicídio a ser registrado na noite foi a de um homem não identificado encontrado, às 19h, numa caçamba de lixo por dois PMs na área do 22º BPM (Penha). Trinta minutos depois, policiais do 24º BPM (Itaguaí) encontraram o cadáver de um homem baleado, identificado como Rafael Eugênio da Silva, numa rua em Queimados. Antes da meia-noite, ainda foram registrados homicídios nas áreas do 20º BPM (Mesquita) e do 7º BPM (São Gonçalo), além de outro na área do 24º BPM — em todos esses casos, as vítimas deram entrada em unidades de saúde. O único caso que aconteceu após a meia-noite foi registrado em Campo Grande, Zona Oeste do Rio.

Pelo menos duas pessoas ficaram feridas por balas perdidas na noite de Natal, na Zona Norte. As vítimas — uma jovem de 18 anos e um homem de 50 — perceberam que tinham sido atingidos por volta da meia-noite, quando festejavam o Natal. João Batista celebrava a data com amigos e parentes na varanda de sua casa em Vila Valqueire, quando sentiu dor no braço esquerdo.

“Havia muitas crianças em casa, quando eu ouvi o João gritar. Depois, vimos o sangue escorrendo. Foi horrível isso acontecer com crianças abrindo presentes. Até agora não acredito que estou aqui. É uma sensação de impotência, quando você vê isso acontecendo dentro da sua própria casa. O tiro deve ter sido disparado no momento em que havia muito barulho de fogos de artifício. Nem reconhecemos ruído de disparo de armas”, disse Daniele Martins, de 38 anos, mulher de João, que elogiou o cuidado recebido pelo marido no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier.

João foi liberado ainda de madrugada. Com o braço enfaixado, ele ficou com o projétil que o feriu.

“Foi um susto”, disse.

Também foram registrados um total de 68 roubos das 18h à meia-noite do dia 24. Desse total, 40 foram roubos de veículos.
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