O Rio de Janeiro vive um cenário atípico com o veranico nos últimos dias. Ele atingiu o pico nesta sexta-feira, dia 22/8. A combinação de céu sem nuvens e ventos fracos segue deixando os níveis de umidade do ar baixo, colocando estado de atenção. A situação, que se aproxima de padrões de "tempo seco" tem um impacto direto na saúde e no bem-estar da população.
A umidade relativa do ar é a quantidade de vapor d'água presente na atmosfera. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o nível ideal para a saúde humana deve variar entre 40% e 70%. Nos últimos dias, a cidade do Rio de Janeiro tem registrado índices abaixo de 30%, o que acende um alerta para os riscos à saúde.
Os impactos da baixa umidade
A baixa umidade do ar pode causar uma série de problemas, especialmente para grupos mais vulneráveis. O ressecamento das vias aéreas é um dos mais comuns, o que pode levar a:
Complicações respiratórias: Pessoas com asma, bronquite e rinite podem ter seus sintomas agravados, com crises de falta de ar e irritação nas mucosas.
Aumento de infecções: O ressecamento da garganta e do nariz facilita a entrada de vírus e bactérias, aumentando o risco de gripes e resfriados.
Problemas de pele e olhos: Pele e lábios rachados, além de olhos irritados e ressecados, são queixas frequentes em períodos de baixa umidade.
Mal-estar geral: A desidratação se torna mais rápida e pode causar dores de cabeça, fadiga e dificuldade de concentração.
Recomendações de especialistas
Para amenizar os efeitos da baixa umidade, especialistas e médicos recomendam uma série de medidas preventivas simples, mas eficazes:
Hidratação constante: Beba bastante água, mesmo que não sinta sede. Sucos de frutas e água de coco também são ótimas opções.
Use umidificadores de ar: Aparelhos umidificadores podem ser grandes aliados, principalmente à noite, para garantir uma boa qualidade do sono. Na falta de um, bacias com água ou toalhas molhadas em ambientes fechados também ajudam.
Hidrate pele e olhos: Use hidratantes corporais e labiais. Para os olhos, colírios lubrificantes podem ser indicados, mas é importante consultar um oftalmologista antes.
Evite exercícios físicos em horários de pico: A prática de atividades físicas entre 10h e 17h, quando a umidade está mais baixa, pode ser prejudicial. Prefira horários mais amenos, como a manhã cedo ou o final da tarde.
Reduza o uso do ar-condicionado: O aparelho resseca ainda mais o ar, intensificando a desidratação. Se for usá-lo, combine-o com umidificadores ou bacias de água.
As previsões meteorológicas indicam que a situação deve permanecer por mais alguns dias. Portanto, é fundamental que os cariocas e visitantes fiquem atentos aos sinais do corpo e adotem as medidas necessárias para se protegerem dos efeitos do tempo seco.