A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) se prepara para analisar o pedido de criação da CPI das Barricadas, encabeçada pelo deputado Giovani Ratinho (SDD), que conseguiu coletar 46 assinaturas necessárias. No entanto, a iniciativa surge em um momento de intensa atuação do Governo do Estado e é vista por analistas e moradores como um movimento mais focado em protagonismo político do que em apoio efetivo às ações em curso.
Após o impacto positivo em Belford Roxo, com ideia de Márcio Canella, a ação foi adotada por municípios vizinhos. Um dos primeiros a implementar a medida foi São João de Meriti, sob a gestão do prefeito Léo Vieira, que também priorizou a desobstrução de vias em comunidades. Vendo bons resultados, o Estado chamou os prefeitos e abraçou a ideia, levando para outras cidades.
A iniciativa de Ratinho se desenvolve paralelamente ao avanço da Operação Barricada Zero, coordenada pelo governador Cláudio Castro, que tem apresentado resultados concretos e imediatos. Nos primeiros dois dias da operação, as forças de segurança conseguiram prender sete criminosos e removeram mais de 800 toneladas de obstáculos erguidos pelo crime organizado nas comunidades.
O que diz o parlamentar? Ele nega ser contra a operação e diz se aliado de Castro.
"Eu já recolhi 46 assinaturas dos deputados de direito, esquerda e centro, 22 a mais do que era necessário. Já conversei com o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, que está favorável tendo em vista que mais da metade dos parlamentares apoiam a CPI. . Eu sou da base aliada do governador Cláudio Castro e apoio as operações de Segurança Pública, mas o parlamento precisa acompanhar de perto e investigar as denúncias de agentes públicos e políticos envolvidos. Não dá para ficar enxugando gelo, enquanto, a polícia combate autoridades infiltradas tem ligação com narcotraficantes. A população não aguenta mais viver sobre o domínio do tráfico e só vamos ter êxito com transparência, pegando os verdadeiros mandantes". Disse.
