O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), utilizou suas redes sociais neste domingo (28) para rebater críticas de representantes de diferentes denominações religiosas sobre a manutenção do Palco Gospel na virada de ano em Copacabana. Paes classificou os comentários como "preconceito" e reforçou a natureza democrática da festa.
Em uma publicação direta na rede, o prefeito — que se autodenomina "de todos os santos" — enfatizou a diversidade cultural do evento:
“É impressionante o nível de preconceito dessa gente. O réveillon da Praia de Copacabana é de todos! A música gospel também pode ter seu lugar. Assim como o samba, o rock, o piseiro, o frevo... O povo cristão também tem direito a celebrar! Amém! Axé! Shalom! Namastê!”
Estrutura e Programação no Leme
O Palco Gospel, também conhecido como Palco Leme, faz parte de um megaesquema de celebração que contará com 13 estruturas espalhadas por toda a cidade, sendo quatro delas localizadas na Zona Sul.
A programação evangélica terá início às 19h e contará com cinco nomes de peso do cenário cristão:
DJ Marcelo Araújo Eletrônico Gospel
Midian Lima Adoração / Sucessos como "Jó"
Samuel Messias Compositor e Intérprete de sucessos
Thalles Roberto Pop/Rock e Soul Gospel
Grupo Marcados Pagode Gospel
O Debate sobre a Pluralidade
A polêmica surgiu após alguns líderes religiosos questionarem a destinação de um palco específico para o segmento gospel em um evento público tradicionalmente marcado pela diversidade de manifestações, incluindo as de matriz africana. Paes, no entanto, sustenta que a inclusão de diversos gêneros musicais é o que garante que o Réveillon do Rio continue sendo "de todos".
