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Lixo jogado nos rios e falta de manutenção no sistema de drenagem causaram enchentes na Baixada Fluminense

sexta-feira, janeiro 19, 2024

/ by Jornal Destaque Baixada

A falta de manutenção no sistema de drenagem dos rios que cortam a Baixada Fluminense foi uma das principais razões para os alagamentos da região após o temporal do último fim de semana. Segundo o professor de Hidrologia da Coppe/UFRJ, Paulo Canedo, esse sistema que foi estruturado justamente para proteger a Baixada dessas ocorrências não passa por manutenção há pelos menos 10 anos.   

O especialista também considera outros fatores, como o acúmulo de lixo e o volume grande de chuva durante um longo período. No entanto, segundo Canedo, se o sistema estivesse funcionando corretamente, os estragos seriam muito menores.

A falta de atenção do Governador Cláudio Castro, sobre os rios, também cooperou para isso. Moradores afirmam que já havia solicitado o estado para a dragagem do Rio Botas, mas não foram atendidos. O Botas antes era fundo e largo, mas acabou virando rio soterrado.

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) afirma que a Baixada Fluminense está situada abaixo do nível do mar e que, por isso, pode sofrer com inundações, quando há um aumento excessivo do nível da água da baía de Guanabara. O Instituto informou que instalou três bombas no bairro do Pilar, em Duque de Caxias, para ajudar a extravasar a água acumulada.

Na avaliação de Paulo Canedo, o fato de se tratar de uma região de baixada não deve justificar a inundação que ocorreu.

Paulo Canedo é um dos autores do Projeto Iguaçu, elaborado entres os anos de 2005 e 2006 pela Coppe em cooperação com o governo fluminense, para solucionar o problema das enchentes na região.

O projeto previa a recuperação ambiental das bacias da Baixada e da zona oeste do Rio de Janeiro, envolvendo os rios Iguaçu, Botas e Sarapuí, para controlar as constantes inundações. Ele foi implementado em sua primeira etapa com recursos do governo estadual e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.

Segundo Canedo, sua implantação total era prevista para ocorrer em longo prazo mas as crises por quais o Brasil e o estado do Rio passaram impediram a continuidade das obras.

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou em nota, que a continuidade do Projeto Iguaçu está em fase licitatória do financiamento pelo Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano. E que o Governo do Estado também trabalha para que a ação receba reforço no financiamento por meio do PAC.
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