A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) divulgou na sexta-feira (16) a confirmação da primeira morte causada pela Febre do Oropouche no estado.
A vítima era um homem de 64 anos, residente de Cachoeiras de Macacu. Segundo informações da SES-RJ, o paciente foi hospitalizado em uma unidade de saúde na Região Metropolitana em fevereiro e faleceu cerca de um mês depois.
O governo estadual ressaltou que Cachoeiras de Macacu, conhecida por suas 92 cachoeiras catalogadas e pela significativa produção de frutas como goiaba e banana, possui características que favorecem a proliferação do Culicoides paraensis, inseto popularmente chamado de maruim ou mosquito pólvora, responsável pela transmissão do vírus Oropouche.
Os sintomas da Febre do Oropouche podem ser facilmente confundidos com os da dengue. Após um período de incubação de quatro a oito dias, os pacientes geralmente apresentam febre, dor de cabeça intensa, dores nas articulações e musculares, calafrios e, em alguns casos, náuseas e vômitos que podem persistir por até uma semana.
Embora a maioria dos infectados se recupere em aproximadamente sete dias, a doença pode evoluir de forma mais grave em grupos de risco, como crianças e idosos com 60 anos ou mais.
O primeiro caso da doença no estado do Rio de Janeiro foi registrado em fevereiro de 2024 em um homem com histórico de viagem ao Amazonas. Ao longo de 2024, o estado contabilizou 128 casos, com maior concentração na cidade de Piraí, localizada no Sul Fluminense.
Em 2025, até a última quinta-feira (15), já foram confirmados 1.484 casos de Febre do Oropouche no Rio de Janeiro. As cidades com o maior número de notificações são: Cachoeiras de Macacu (649), Macaé (513), Angra dos Reis (253) e Guapimirim (164).