Rio registra aumento do número de processos de trânsito

Em homenagem ao Código Nacional de Trânsito (Lei nº 9.503), no dia 25 de setembro é celebrado o Dia Nacional do Trânsito. A data, porém, não é apenas uma comemoração: o número de processos relacionados a acidentes de trânsito vem aumentando cada vez mais ao longo dos anos. Desde janeiro de 2024, foram registradas cerca de 67 mil sentenças, e entraram 27 mil novos processos na Justiça do Rio.

Os casos levados ao Tribunal do Júri também apresentaram crescimento. Em dezembro de 2024, não havia registros de processos dolosos - quando o condutor tem a intenção de causar o resultado ou assume o risco de produzi-lo ao ter determinada conduta - , mas, em março de 2025, já tinham sido identificados sete.

Os tipos de acidentes classificados pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) incluem colisão ou abalroamento (choque entre dois ou mais veículos), tombamento, capotagem, atropelamento e choque com objeto fixo.

Diversos casos de crimes de trânsito tiveram destaque no noticiário:

Acidente de ex-jogador do Flamengo resulta na morte de entregador de aplicativo

Em 4 de dezembro de 2021, o então lateral do Flamengo, Ramon Lima, se envolveu em um acidente que resultou na morte do ciclista Jonatas Davi dos Santos, de 30 anos, na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca. Ramon chamou a ambulância e solicitou atendimento à vítima, que era entregador de aplicativo, mas Jonatas morreu a caminho do hospital.

Bruno Krupp: alta velocidade e atropelamento de adolescente na Barra da Tijuca

Também ganhou grande repercussão o acidente envolvendo o modelo Bruno Krupp. Em 2022, ele conduzia uma moto em alta velocidade quando atropelou um jovem de 16 anos na Barra da Tijuca. O adolescente teve a perna arrancada no momento da colisão e morreu no hospital. A moto estava sem placa, e Krupp não tinha carteira de habilitação. Dias antes, ele havia sido parado em uma blitz com o mesmo veículo.

Atropelamento de recém-casado envolve o influencer Vitor Belarmino

O influencer Vitor Belarmino responde pelo atropelamento fatal de Fábio Toshiro Kikuta, de 42 anos, ocorrido no dia 16 de julho de 2024, durante as primeiras horas da lua de mel da vítima. Ele dirigia embriagado um carro de luxo em alta velocidade e fugiu do local sem prestar socorro. A vítima havia se casado pouco antes do crime, ocorrido na Avenida Lúcio Costa, no Recreio dos Bandeirantes.

Motorista de van foge após atropelar corredor em São Gonçalo

O atleta e operador de estacionamento em um shopping de Niterói Lucas Celestino de Oliveira foi encontrado morto na BR-101, na altura de São Gonçalo, no dia 8 de abril de 2025. O motorista da van, que participou do atropelamento, fugiu sem prestar socorro e tentou apagar vestígios do crime, trocando o para-brisa e fazendo reparos no veículo logo após o acidente. De acordo com o delegado da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), responsável pelas investigações, Everton foi indiciado em homicídio qualificado e fraude processual.

Márcia Ferreira, ex-triatleta medalhista, sofre novo atropelamento anos depois

Em 7 de agosto de 2025, a ex-triatleta Márcia Ferreira foi vítima de um atropelamento no Aterro do Flamengo, junto com outros quatro ciclistas. O caso chamou ainda mais atenção pelo fato de Márcia já ter sofrido um acidente semelhante em 1997. A ex-triatleta medalhista nos Jogos Pan-Americanos de 1995 treinava para as Olimpíadas de Sidney, na Austrália, em 2000, quando esse grave atropelamento interrompeu sua carreira.

Ex-jogador da base do Botafogo atropela quatro pessoas

Outro episódio envolvendo o futebol aconteceu com o ex-jogador das categorias de base do Botafogo Luan Plácido. No dia 8 de agosto deste ano, ele atropelou quatro pessoas, permaneceu no local e prestou socorro às vítimas. De acordo com a polícia, porém, Luan foi preso em flagrante por tentar pegar o fuzil de um Policial Militar e quebrar a viatura. Na delegacia, o ex-atleta ainda deu uma cabeçada em outro policial.

Já as infrações de trânsito estão previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e geram ações mais leves como multas, pontos na Carteira Nacional e Habilitação (CNH) e medidas administrativas, sem prisão. Elas são classificadas em quatro categorias: leve, média, grave e gravíssima.

VS/SF