O ex-prefeito de São João de Meriti, João Ferreira Neto, conhecido como Doutor João, o deputado estadual Valdecy da Saúde e o deputado federal Bebeto foram declarados inelegíveis até 2032. A decisão, proferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), refere-se a um processo que investigou a propagação de notícias eleitorais falsas.
A juíza Renata Travassos Medina reconheceu a prática de abuso de poder econômico e político por parte dos três políticos durante as eleições de 2024.
"Teatro Invisível": A Estrutura de Desinformação
Investigações da Polícia Federal revelaram a existência de uma estrutura paralela, denominada "Teatro Invisível". Este grupo era responsável por produzir e disseminar desinformação, propaganda negativa e promoção indevida de um dos candidatos, com o objetivo de manipular a opinião pública.
O "Teatro Invisível" funcionava como um braço operacional da campanha eleitoral, sendo financiado com dinheiro público e mantido por servidores comissionados.
Uso da Estrutura Pública para Fins Eleitorais
Para o TSE, a Prefeitura de São João de Meriti foi utilizada para sustentar a candidatura de Valdecir da Saúde, que era o candidato apoiado pelo então prefeito Doutor João. O deputado federal Bebeto atuava como vice na chapa.
A mobilização de servidores comissionados, o uso indevido de instalações públicas e o desrespeito aos princípios constitucionais da impessoalidade e da igualdade de oportunidades foram fatores determinantes para a decisão.